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Tradução de 'Pirraça', texto escrito por J.K Rowling ao Pottermore

sábado, outubro 31, 2015 A+ a-


O nome ‘poltergeist’ é de origem germânica, e grosseiramente traduzido como ‘fantasma barulhento’, embora ele não seja, estritamente falando, um fantasma. O poltergeist é uma entidade invisível que move objetos, bate portas e cria outros distúrbios audíveis e cinéticos. Ele é citado por várias culturas e tem uma forte associação com os lugares onde pessoas jovens, especialmente adolescentes, estão vivendo. As explicações para o fenômeno variam desde sobrenatural até científico.

É inevitável que, em uma construção lotada de jovens bruxas e bruxos, um poltergeist seria gerado; era de se esperar que tal poltergeist fosse mais barulhento, destrutivo e mais difícil de ser expulso do que aqueles que ocasionalmente frequentam as casas trouxas. Com certeza, Pirraça é o poltergeist mais notório e problemático da história britânica. Ao contrário da maioria de seus colegas, Pirraça tem uma forma física, apesar de ser capaz de ficar invisível quando quer. Sua aparência reflete sua natureza, a qual aqueles que o conhecem concordam ser uma mistura perfeita entre humor e malícia.

Pirraça faz jus ao nome, por ter sido o terror de estimação de todo zelador de Hogwarts, desde Hankerton Humble (escolhido pelos quatro fundadores) em diante. Embora muitos estudantes e mesmo alguns professores tenham uma perversa afeição por Pirraça (ele indubitavelmente adiciona um certo entusiasmo na vida escolar), ele é incuravelmente destrutivo, e geralmente sobra para o zelador do dia limpar suas deliberadas bagunças: vasos quebrados, poções derrubadas, capas de livros arrancadas, e assim por diante. Aqueles com nervos fracos ficam deploráveis diante da afeição que Pirraça tem por, de repente, surgir diante de seus narizes, se esconder dentro de armaduras ou jogar coisas sólidas sobre suas cabeças quando eles se movem entre as aulas.

Os muitos esforços que foram empreendidos para expulsar Pirraça do castelo falharam. O último e mais desastroso foi em 1876, pelo zelador Rancorous Carpe, que desenvolveu uma elaborada armadilha, equipada com toda sorte de armas que ele acreditava que seriam irresistíveis para Pirraça, e uma grande redoma de vidro encantada, reforçada com vários feitiços de contenção, que ele pretendia jogar sobre o poltergeist uma vez que ele estivesse em posição. Não só Pirraça se libertou da grande redoma, banhando um corredor inteiro com cacos de vidro, como escapou da armadilha equipada com diversas espadas, bestas, escopetas e um canhão em miniatura. O castelo foi evacuado enquanto Pirraça se divertia atirando a esmo pelas janelas e aterrorizando a todos com a morte. O recesso de três dias terminou quando a diretora Eupraxia Mole concordou em assinar um contrato permitindo privilégios adicionais para Pirraça, como um banho semanal no banheiro dos meninos do piso térreo, preferência na hora de receber pão velho da cozinha com o objetivo de serem arremessados e um novo chapéu – a ser feito sob medida por Madame Bonhabille de Paris. Rancorous Cape aposentou-se mais cedo por motivos de saúde e não foram mais feitas nenhuma tentativa e libertar o castelo do seu mais indisciplinado habitante.

Pirraça não reconhece nenhum tipo de autoridade. Apesar de, geralmente, não se impressionar por títulos e emblemas, ele é comumente ameno às restrições dos professores, concordando em ficar fora da sala de aula enquanto eles ensinam. Ele também é conhecido por mostrar afinidade por alguns raros estudantes (como Fred e Jorge Weasley) e ter um certo medo do fantasma da Sonserina, o Barão Sangrento.

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Traduzido originalmente de Peeves. © Pottermore.
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