'História Magia na América do Norte': Novidade de J.K. Rowling ao Pottermore
Entre 7 e 11 de Março, tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre o mundo bruxo de J.K. Rowling graças ao primeiro fascículo da chamada 'Magia na América do Norte', publicada no Pottermore. Segundo o próprio site, esta é a primeira de uma série de novas histórias escritas por J.K. Rowling que servirão para preparar e situar os fãs sobre o que esperar em Animais Fantásticos e Onde Habitam, quando este estrear no final de 2016.
Novidade também foi que, pela primeira vez, o Pottermore publicou novas histórias da autora com tradução oficial para mais de 34 idiomas simultaneamente. Infelizmente, o site permanece exclusivamente em inglês, mas já ficamos sabendo que poderemos ver eventuais traduções daqui pra frente.
Abaixo, reunimos os quatro capítulos liberados para 'História da Magia na América do Norte'. Mas, se você preferir, poderá ler diretamente no Pottermore através deste link.
Século XIV - Século XVII
Embora chamada de "Novo Mundo" pelos exploradores europeus que chegaram ao continente pela primeira vez, os bruxos já sabiam da existência da América muito antes dos trouxas (Nota: cada nacionalidade tem seu próprio termo equivalente a "trouxa"; a comunidade norte-americana usa a gíria "No-Maj", ou não-maj, uma contração de "não mágico"). Os vários meios de viagem mágica, entre elas as vassouras e a aparatação, sem falar nas visões e premonições, demonstram que mesmo comunidades bruxas distantes estavam em contato entre si desde a Idade Média.
As comunidades mágicas indígenas da América do Norte e as da Europa e da África já sabiam da existência uma da outra muito antes da imigração dos não-majs europeus, no século XVII e já estavam cientes das várias semelhanças existentes entre suas comunidades. Algumas famílias eram obviamente "mágicas", e a magia também aparecia inesperadamente em famílias que até então não possuíam qualquer ascendência bruxa conhecida. A proporção entre bruxos e não-bruxos parecia consistente nas populações em geral, assim como as atitudes dos não-majs, onde quer que tivessem nascido. Nas comunidades indígenas norte-americanas, alguns bruxos e bruxas eram aceitos e até enaltecidos em suas tribos, ganhando reputação como xamãs por seu poder de cura ou como caçadores exímios. Outros, no entanto, foram estigmatizados pelas crenças da tribo, em geral sob a alegação de estarem possuídos por espíritos maléficos.
A lenda indígena do "andarilho de peles" – uma bruxa ou um bruxo maligno, que pode se transformar no animal que desejar – tem fundamento em fatos. É uma lenda que cresceu em torno dos animagos indígenas, e os acusava de terem sacrificado parentes próximos para obter seus poderes de transformação. Na verdade, a maioria dos animagos assumia formas animais para escapar de perseguições ou caçar para suas tribos. Tais rumores depreciativos costumavam ser inventados por xamãs não-majs, que às vezes fingiam possuir poderes mágicos e temiam ser descobertos.
A comunidade bruxa indígena norte-americana era particularmente talentosa com magias envolvendo animais e plantas; suas poções, em especial, eram de uma sofisticação muito além do que se tinha conhecimento na Europa. A diferença mais notável entre a magia praticada pelos indígenas norte-americanos e os bruxos europeus estava na ausência da varinha.
A varinha mágica foi criada na Europa. Varinhas canalizam a magia para tornar seu efeito mais preciso e poderoso, embora seja de conhecimento geral que a marca dos grandes bruxos e bruxas é a capacidade de produzir magia de altíssima qualidade sem usar nenhuma varinha. Os animagos e criadores de poções indígenas foram a melhor demonstração de que fazer magia sem varinha é um feito de alta complexidade, pois feitiços e transfigurações são muito difíceis sem ela.
Do Século XVII em Diante
Quando os europeus nomagis começaram a emigrar para o Novo Mundo, mais bruxas e bruxos de origem europeia também vieram a se fixar na América. Eles, assim como os emigrantes não-majs, tinham diversos motivos para deixar seus países de origem. Alguns foram movidos pelo senso de aventura, mas a maioria estava fugindo: às vezes da perseguição dos não-majs, às vezes de algum outro bruxo, mas também das autoridades bruxas. Estes últimos procuravam se misturar com o crescente afluxo de não-majs ou se esconder entre a população bruxa indígena, que costumava acolher e proteger seus irmãos europeus.
Entretanto, desde o princípio ficou claro que o Novo Mundo era um ambiente muito mais hostil para bruxos e bruxas do que o Velho Mundo. Havia três razões principais para isso.
Primeiro, assim como os imigrantes não-majs, eles viviam em um país com poucos confortos, exceto pelo que eles mesmos tivessem construído. Em sua terra natal, bastava visitar o boticário para encontrar todo o necessário para o preparo das poções; agora, precisavam desvendar plantas mágicas desconhecidas. Nenhum artesão de varinhas havia sequer se estabelecido, e a Escola de Magia e Bruxaria de Ilvermorny, que um dia figuraria entre os maiores estabelecimentos mágicos do mundo, não passava na época de uma cabana rústica com dois professores e dois alunos.
Segundo, as atitudes dos imigrantes não-majs faziam parecer encantadoras as populações não mágicas da terra natal de grande parte dos bruxos. Como se não bastassem as guerras com a população indígena, o que foi um duro golpe para a unidade da comunidade mágica, os imigrantes, devido a suas crenças religiosas, também se tornaram profundamente intolerantes a qualquer sinal de magia. Os puritanos adoravam trocar acusações de ocultismo ao mais ínfimo indício, por isso bruxos e bruxas do Novo Mundo agiam bem ao manterem extrema cautela.
O último – e provavelmente mais perigoso – problema encontrado pelos bruxos que chegavam à América do Norte eram os Purgantes. Como a comunidade bruxa norte-americana era reduzida, dispersa e reservada, não possuía ainda nenhum mecanismo próprio para manutenção da ordem. Um vácuo que acabou preenchido por um grupo inescrupuloso de bruxos mercenários de muitas nacionalidades diferentes, que formaram uma temida e brutal força-tarefa comprometida em caçar não apenas criminosos, mas qualquer um que pudesse render algum ouro. Com o passar do tempo, os Purgantes se tornaram incrivelmente corruptos: distantes da jurisdição de seus governos mágicos de origem, muitos se entregaram ao autoritarismo e à crueldade de uma maneira injustificável pela missão assumida. Tais Purgantes apreciavam o derramamento de sangue e a tortura, e até mesmo traficaram outros bruxos. Os Purgantes se multiplicaram pela América no fim do século XVII, havendo nesse período indícios de que chegaram ao cúmulo de fazer crer que não-majs inocentes eram bruxos, pois assim recebiam recompensas dos membros crédulos da comunidade não mágica.
Os famosos julgamentos das bruxas de Salém, em 1692-93, foram uma tragédia para a comunidade bruxa. Historiadores bruxos afirmam que, entre os chamados juízes puritanos, havia pelo menos dois Purgantes conhecidos, que se desforravam de desavenças criadas em solo americano. Alguns dos mortos eram de fato bruxos, ainda que absolutamente inocentes dos crimes de que foram acusados. Outros eram simples não-majs que tiveram o infortúnio de serem envolvidos pela histeria e sede de sangue em geral.
Salém foi significativa para a comunidade mágica por razões muito além da trágica perda de vidas. Seu efeito imediato foi a fuga de bruxas e bruxos da América, fazendo também com que muitos outros desistissem de se estabelecer por lá. Tal fenômeno provocou variações curiosas na população mágica da América do Norte, se comparada à da Europa, Ásia e África. Até décadas recentes do século XX, havia menos bruxos e bruxas na população americana em geral do que nos outros quatro continentes. As famílias de sangue puro, que se mantinham informadas pelos jornais bruxos sobre as atividades dos puritanos e dos Purgantes, raramente partiam para a América. Isso significou uma porcentagem muito mais alta de bruxas e bruxos nascidos não-majs no Novo Mundo do que em qualquer outro lugar. Mesmo que tais bruxos e bruxas ainda procurassem casar e formar famílias inteiramente mágicas, a ideologia do sangue puro que permeou grande parte da história da magia na Europa ganhou muito menos impulso na América.
Mas talvez o efeito mais expressivo provocado por Salém tenha sido a criação do Congresso Mágico dos Estados Unidos da América em 1693, antecipando a versão não-majs em cerca de um século. Conhecido por todos os bruxos e bruxas daquele país pela sigla MACUSA (do nome em inglês, Magical Congress of the United States of America), foi a primeira vez em que a comunidade bruxa norte-americana se reuniu para criar leis próprias, estabelecendo efetivamente um mundo mágico dentro de um mundo não-maj, como na maioria dos outros países. A primeira tarefa do MACUSA foi levar a julgamento os Purgantes que traíram sua própria raça. Os culpados de assassinato, tráfico de bruxos, tortura e todos os demais atos de crueldade foram executados por seus crimes.
Mas vários dos Purgantes mais notórios evadiram-se da justiça. Com mandados de prisão internacionais no seu encalço, eles desapareceram permanentemente dentro da comunidade não-majs. Alguns se casaram com não-majs e formaram famílias em que as crianças mágicas pareciam ser depreciadas em favor dos filhos não-mágicos, para manter o disfarce do Purgante. Vingativos e segregados de seu povo, eles transmitiram a seus descendentes a convicção absoluta de que a magia era real e a crença de que bruxas e bruxos deveriam ser exterminados onde quer que fossem encontrados.
O historiador de magia norte-americana Teófilo Abbot identificou várias dessas famílias nas quais a certeza e o ódio nutrido pela magia eram profundos. Acredita-se que as crenças e atividades antimagia dos descendentes das famílias dos Purgantes sejam em parte o porquê de os não-majs norte-americanos serem mais difíceis de enganar e ludibriar do que qualquer outra população. O fato provocou grande repercussão na maneira como a comunidade bruxa norte-americana é governada.
A Lei Rappaport
Em 1790, a décima quinta presidente do MACUSA, Emília Rappaport, promulgou uma lei destinada a segregar totalmente as comunidades bruxa e não-maj. A lei foi consequência de uma das mais graves quebras do Estatuto Internacional de Sigilo, que rendeu à instituição uma humilhante repreensão por parte da Confederação Internacional dos Bruxos. A questão foi ainda mais séria porque a quebra de sigilo teve origem dentro do próprio MACUSA.
A catástrofe envolveu a filha do homem de confiança da presidente Rappaport, o Chanceler do Tesouro e Dragotes. O dragote é a moeda bruxa norte-americana e o Chanceler de Dragotes, como o título sugere, equivale ao Secretário do Tesouro Nacional. Aristóteles Twelvetrees era um homem competente, mas sua filha, Dorcas, tinha de néscia o que tinha de bonita. Foi uma aluna medíocre em Ilvermorny e, à época da ascensão do seu pai ao gabinete, vivia em casa sem praticamente realizar nenhuma magia, pois ocupava-se muito mais de roupas, penteados e festas.
Certo dia, em um piquenique da comunidade local, Dorcas Twelvetrees apaixonou-se perdidamente por um belo não-maj chamado Bartolomeu Barebone. Ela não fazia ideia, mas Bartolomeu era descendente de um Purgante. Ninguém na família dele era bruxo, mas a crença do rapaz na magia era forte e inabalável, tanto quanto a convicção de que todos os bruxos e bruxas eram malignos.
Totalmente inconsciente do perigo, Dorcas presumiu que o educado interesse de Bartolomeu por seus "pequenos truques" era sincero. Levada pelas perguntas inocentes do amado, revelou o endereço secreto do MACUSA e de Ilvermorny, deu informações sobre a Confederação Internacional dos Bruxos e explicou como essas instituições protegiam e ocultavam a comunidade bruxa.
Tendo coletado tantas informações quantas conseguiu extrair de Dorcas, Bartolomeu roubou a varinha que ela teve a gentileza de lhe mostrar e exibiu o artefato a quantos jornalistas conseguiu encontrar. Depois reuniu vários amigos armados para perseguir e, em tese, matar todos os bruxos e bruxas da vizinhança. Bartolomeu ainda imprimiu folhetos com os endereços em que bruxos e bruxas socializavam e enviou cartas a não-majs proeminentes, alguns dos quais consideraram necessário investigar se havia de fato "reuniões malignas ocultas" ocorrendo nos locais descritos.
Eufórico com a missão de expor a bruxaria nos Estados Unidos, Bartolomeu Barebone excedeu-se e disparou contra o que acreditou ser um grupo de bruxos do MACUSA, que na verdade não passavam de simples espectadores não-majs que tiveram o infortúnio de abandonar um prédio que estava sob vigilância. Felizmente não houve mortes, mas Bartolomeu foi preso e encarcerado pelo crime, não havendo qualquer envolvimento do MACUSA. Esse resultado trouxe enorme alívio para o MACUSA, o qual vinha enfrentando com dificuldade as sérias consequências da imprudência de Dorcas.
Bartolomeu havia espalhado seus folhetos por toda parte. Alguns jornais lhe deram bastante crédito e imprimiram fotos da varinha de Dorcas, observando que "dava coices como uma mula" quando agitada. As instalações do MACUSA passaram a atrair tanta atenção que a instituição precisou mudar de endereço. Quando a presidente Rappaport se viu forçada a dar explicações à Confederação Internacional dos Bruxos em um inquérito público, não pôde afirmar com certeza que todos quantos compartilharam as informações de Dorcas haviam sido devidamente obliviados. O vazamento foi tão grave que seus efeitos se fizeram sentir por muitos anos.
Embora muitos membros da comunidade mágica tenham feito campanhas para que Dorcas fosse condenada à prisão perpétua ou mesmo executada, ela passou apenas um ano presa. Completamente execrada e profundamente traumatizada, ela se deparou com uma comunidade bruxa bastante diferente quando foi libertada e terminou seus dias reclusa, na companhia apenas de seus mais queridos companheiros: um espelho e um papagaio.
A imprudência de Dorcas levou à criação da Lei Rappaport, que impôs uma severa segregação entre as comunidades não-maj e bruxa. Os bruxos já não tinham mais permissão de estabelecer amizade ou casar-se com não-majs. As punições para quem se confraternizava com não-majs eram implacáveis. A comunicação deveria ser limitada ao necessário para a realização das atividades diárias.
A Lei Rappaport fortaleceu ainda mais as já abismais diferenças culturais entre as comunidades bruxas americana e europeia. No Velho Mundo, sempre houve certo grau de cooperação e comunicação veladas entre os governos não-maj e mágico. Nos Estados Unidos, o MACUSA agia inteiramente à parte do governo não-maj. Na Europa, bruxas e bruxos se casavam e travavam amizade com não-majs; nos Estados Unidos, os não-majs eram cada vez mais encarados como inimigos. Em resumo, a Lei Rappaport conduziu a comunidade bruxa norte-americana, que já lidava com uma população não-maj extraordinariamente desconfiada, a um secretismo ainda maior.
A comunidade bruxa norte-americana na década de 1920
Esse empenho conjunto não abrandou a posição do MACUSA quanto à confraternização entre não-majs e bruxos, e a Lei Rappaport persistiu. Na década de 1920, a comunidade bruxa norte-americana já estava acostumada a existir sob um grau de sigilo bem maior do que seus irmãos europeus e a selecionar sua cara-metade estritamente dentro de sua própria classe.
A lembrança da catastrófica quebra de sigilo cometida por Dorcas Twelvetrees havia adentrado na gíria mágica, de modo que ser "um dorcas" era a gíria para uma pessoa incompetente ou idiota. O MACUSA continuou impondo punições severas a quem violasse o Estatuto Internacional de Sigilo. Também era mais intolerante do que os europeus diante de fenômenos mágicos como fantasmas, poltergeists e criaturas fantásticas, visto que esses animais e espíritos representavam um risco de alertar os não-majs sobre a existência da magia.
Após a Grande Rebelião dos Sasquatches de 1892 (para mais detalhes, consulte o aclamado livro de Ortiz O’Flahert, O Último Levante do Pé-Grande) a base do MACUSA teve que ser realocada pela quinta vez em sua história, mudando de Washington para Nova York, onde permaneceu durante os anos 1920. A presidente do MACUSA nesse período foi Madame Serafina Picquery, bruxa de talentos famosos oriunda de Savannah.
Naquela época, a Escola de Magia e Bruxaria de Ilvermorny vicejava há mais de dois séculos e já era considerada um dos maiores estabelecimentos de educação mágica no mundo. Por conta da educação em comum, todos os bruxos e bruxas norte-americanos são exímios no uso da varinha.
A legislação estabelecida no fim do século XIX teve por objetivo fazer com que cada membro da comunidade mágica dos Estados Unidos fosse requisitado a carregar uma "licença de porte de varinha", uma medida para que toda atividade mágica fosse observada de perto e identificar, assim, os perpetradores pelas varinhas. Diferentemente da Grã-Bretanha, onde Olivaras era considerado imbatível, o continente norte-americano foi servido por quatro grandes artesãos de varinhas.
Shikoba Wolfe, descendente da tribo Chocktaw, foi antes de mais nada famoso pelas varinhas de entalhe intricado que continham penas de cauda de pássaro-trovão – uma ave mágica norte-americana aparentada da fênix. As varinhas de Wolfe eram consideradas extremamente poderosas, ainda que difíceis de dominar, e muito apreciadas por bruxos habilidosos na Transfiguração.
Johannes Jonker, um bruxo nascido de trouxas cujo pai não-maj era um habilidoso marceneiro, tornou-se um perfeito artesão de varinhas. Elas eram das mais procuradas e facilmente reconhecíveis, pois costumavam ser incrustadas de madrepérola. Depois de experimentar muitos cernes, o material mágico preferido de Jonker passou a ser o pelo da pumaruna.
Thiago Quintana causou repercussão no mundo mágico quando suas varinhas lustrosas e alongadas começaram a entrar no mercado. Cada uma continha uma única espinha transparente do dorso do Monstro do Rio White, no Arkansas, e produzia feitiços fortes e elegantes. Os temores quanto à pesca predatória da criatura aplacaram-se quando se comprovou que apenas Quintana conhecia o segredo para atraí-los – um segredo que guardou com zelo até a morte, altura em que as varinhas com espinhas do Monstro do Rio White deixaram de ser produzidas.
Violeta Beauvais, a famosa artesã de Nova Orleans, se recusou por muitos anos a divulgar o cerne secreto de suas varinhas, todas feitas da madeira do espinheiro-branco. Com o tempo descobriu-se que continham pelo de rugaru, o perigoso monstro com cabeça de cão que perambulava pelos pântanos da Louisiana. Diziam que as varinhas de Beauvais eram tão dadas à arte das trevas quanto vampiros ao sangue. Ainda assim, muitos heróis bruxos norte-americanos daquela época entraram em batalha armada com uma varinha Beauvais, e sabia-se que a própria presidente Picquery possuía uma.
Ao contrário da comunidade não-maj na década de 1920, bruxos e bruxas tinham permissão do MACUSA para consumirem álcool. Muitos críticos dessa política argumentaram que isso colocava os cidadãos mágicos em evidência nas cidades cheias de não-majs sóbrios. Entretanto, a presidente Picquery, em um de seus raros momentos de descontração, alegou que ser um bruxo nos Estados Unidos já era uma situação dura demais. — A birita — como disse ela de forma memorável ao seu Chefe de Gabinete — é inegociável.
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