Tradução de 'Sapos', texto escrito por J.K Rowling ao Pottermore

Um dos três animais permitidos como animais de estimação para os estudantes de Hogwarts, o sapo é, e tem sido por muitos anos, de longe o menos popular. Séculos atrás, em tempos sanguinários, quando era esperado que jovens bruxas e bruxos arrancassem por si próprios os olhos das salamandras que usariam em suas poções, eles normalmente levavam caixas de sapos para a escola para usarem em poções e em outros encantamentos. Com o tempo, assim que o Ministério da Magia introduziu a legislação relativa à crueldade contra animais (as sub-seções 13-29 são relacionadas a ingredientes e produção de poções), essas práticas foram sendo gradualmente criminalizadas. O sapo, que nunca foi muito encantador por sua aparência, aos poucos aparecia menos (vivo) e menos frequentemente em Hogwarts, a não ser selvagem, pulando e nadando pelos terrenos.

Na época em que Harry chegou a Hogwarts, possuir um sapo não era nem legal e nem trazia status; na verdade, era algo embaraçoso. Trevo, o sapo de Neville, não tinha nada a ser elogiado, exceto por sua tendência em se perder, e quando ele finalmente escapuliu para se juntar aos seus irmãos no lago de Hogwarts, tanto o dono quanto o animal sentiram um alívio.


O sapo tem uma longa associação com a bruxaria, e normalmente se acreditava que fosse um familiar. Ele ocupa um lugar especial nas curas populares antigas, particularmente (talvez pelo princípio homeopático de cura de igual pra igual) na cura de verrugas. Nas épocas sombrias, um sapo britânico se acharia sortudo se morresse de causas naturais, porque estava no perigo constante de ser cozinhado, pulverizado, esfolado ou amarrado em volta do pescoço de um homem doente em uma sacola.