Tradução de 'Caldeirões', texto escrito por J.K Rowling ao Pottermore

Caldeirões já foram usados por trouxas e bruxos da mesma forma, sendo estes grandes vasos de metal de cozinha que poderiam ficar suspensas no fogo por horas. Mas com o tempo, as pessoas mágicas ou não, começaram a usar o fogão; panelas tornaram-se mais convenientes e os caldeirões se tornaram uma propriedade de uso exclusivo das bruxas e bruxos, que continuaram a preparar neles suas poções. O fogo intenso e puro é essencial para o preparo de poções, o que torna o caldeirão o recipiente mais prático e apropriado de todos.

Todos os caldeirões são encantados para serem leves de carregar, pois são comumente feitos de cobre ou ferro. Invenções modernas incluem variedades de caldeirões automáticos (para misturar ingredientes; “auto-mexível”) e desmontáveis, alguns recipientes feitos de metais preciosos também estão disponíveis para os especialistas, ou para exibidos.



Por séculos, caldeirões foram associados à magia. Eles aparecem em pinturas e imagens bruxas centenárias, e é dito que duendes guardam neles os seus tesouros. Muitos contos de fadas e histórias folclóricas mencionam os caldeirões com poderes especiais, mas nos livros de Harry Potter eles são uma ferramenta bem simples. Eu considerei fazer da Horcrux de Helga Hufflepuff um caldeirão, mas aí haveria algo ligeiramente cômico e incompatível numa Horcrux que fosse muito grande e pesada; eu queria que os objetos que Harry tivesse que encontrar fossem menores e fáceis de carregar. Mesmo assim, caldeirões aparecem tanto nas quatro joias míticas do folclore Irlandês (na história, seu poder mágico consistia no fato de que ninguém nunca se afastava dele insatisfeito) e em A Lenda do Treze Tesouros da Grã-­Bretanha (o caldeirão de Dyrnwch, O Gigante, cozinharia a carne para os homens corajosos, mas não para aqueles que eram covardes).