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Tradução de 'O Feitiço do Patrono', texto escrito por J.K Rowling ao Pottermore

sexta-feira, fevereiro 19, 2016 A+ a-


O Patrono é uma magia muito avançada, muito além dos Níveis Ordinários de Magia. Quando executado corretamente, o encantamento produz um Patrono, um tipo de guardião que age como um escudo entre o bruxo e o Dementador.

Novidade de J.K. Rowling

O Patrono é o feitiço defensivo mais famoso (e mais difícil). O objetivo é produzir um guardião ou protetor branco-prateado, que toma a forma de um animal. A forma exata do Patrono não aparecerá até que o feitiço seja bem executado. Sendo um dos feitiços defensivos mais poderosos conhecidos pela comunidade bruxa, o Patrono também pode ser usado como mensageiro entre bruxos. Como uma pura concentração mágica de felicidade e esperança (a lembrança de uma única memória-talismã é essencial para sua criação), o Patrono é a única magia defensiva contra Dementadores. A maioria das bruxas e bruxos não são capazes de produzir Patronos e fazê-lo, geralmente, é considerado uma marca de capacidade mágica superior.

Alguns bruxos ou bruxas podem produzir um Patrono não-corpóreo, que lembra uma névoa de vapor ou fumaça prateada. Em alguns casos o bruxo ou bruxa pode escolher produzir um Patrono não-corpóreo, se ela ou ele deseja ocultar a forma que ele geralmente toma (Remo Lupin, por exemplo, tem medo que seu Patrono corpóreo mostre coisas demais). O Patrono não-corpóreo não é um Patrono verdadeiro e embora este crie uma proteção limitada, não possui o poder defensivo de um Patrono corpóreo, que tem a forma e o conteúdo de um animal.

O Patrono é um dos encantamentos mais antigos e aparece em muitos relatos de magia antiga. Embora seja comumente associado com aqueles que lutam em causas sublimes e nobres (os bruxos capazes de produzir Patronos corpóreos geralmente são escolhidos para altos cargos na Suprema Corte dos Bruxos e Ministério da Magia), o feitiço do Patrono não é desconhecido entre os bruxos das trevas. Embora haja um senso comum de que um bruxo que não tenha coração puro não possa produzir um bom Patrono (o mais famoso exemplo de um Patrono frustrado foi o do bruxo das trevas Raczidian, que foi devorado por Larvas de Varejeira), alguns raros bruxos e bruxas de moral duvidosa tiveram sucesso em produzir o Feitiço (Dolores Umbridge, por exemplo, foi capaz de produzir um gato-patrono para protegê-la dos Dementadores). Pode ser que acreditar confiante e verdadeiramente naquilo que a pessoa julgue ser correto possa prover felicidade necessária para o Feitiço. No entanto, a maioria dos homens e mulheres que se tornaram insensíveis aos efeitos das criaturas das trevas com as quais tenham se aliado, encaram o Patrono como um feitiço desnecessário em seu arsenal.

Jamais foi encontrado um sistema confiável que pudesse prever a forma do Patrono de alguém, embora o grande pesquisador de feitiços do século XVIII, Professor Catullus Spangle, estabeleceu quatro princípios que são amplamente reconhecidos como verdadeiros:

O Patrono, afirma Spangle, representa o que está escondido, desconhecido mas necessário, dentro da personalidade. “Por isso é evidente,” escreve ele, em sua obra-prima “Feitiços Defensivos e Dissuasivos”

“... que um humano confrontado por um mal inumano, como o Dementador, deve mobilizar recursos ele ou ela nunca teriam necessitado, e o Patrono é eu-secreto desperto que permanecia adormecido até que houvesse necessidade, mas que agora deve ser trazido à luz...”

Esta, diz Spangle, é a explicação da aparência do Patrono em formas que seus conjuradores não esperam, formas as quais nunca tiveram afinidade ou (em casos raros) reconhecem. Spangle se interessa pelos casos de bruxos incomuns que produziram um Patrono que toma a forma de seu animal favorito.

“Acredito fielmente que tal Patrono indica uma obsessão ou excentricidade. Aqui temos um bruxo que pode não ser capaz de esconder sua autoessência no dia a dia, que pode, de fato, exibir tendências que outros podem preferir ocultar. Qualquer que seja a forma de seu Patrono, você é aconselhado a demonstrar respeito, e ocasionalmente, cautela, diante de um bruxo ou bruxa que produz um Patrono de sua escolha.”

A forma do Patrono pode mudar durante a vida de um bruxo ou bruxa. Há notícias de mudanças na forma dos Patronos devido a falecimentos, paixões ou mudanças profundas no caráter do bruxo. Dessa forma, o Patrono de Ninfadora Tonks mudou de uma lebre para um lobo (não um lobisomem) quando ela se apaixonou por Remus Lupin. Alguns bruxos e bruxas podem ser incapazes de produzir um Patrono até que ele ou ela tenham superado algum tipo de choque.

É comum, mas não inevitável, que um Patrono tome a forma de um animal comumente encontrado no país de origem do bruxo que o conjura. Dada a sua longa afinidade com os humanos, talvez não seja surpresa que entre os Patronos mais comuns (embora seja importante relembrar que Patronos corpóreos são raros) sejam cães, gatos e cavalos. No entanto, todo Patrono é tão único quanto seu criador, e mesmo gêmeos idênticos podem produzir Patronos muito diferentes.

Patronos extintos são muito raros, mas não desconhecidos. Estranhamente, mesmo devido sua longa conexão com o povo bruxo, patronos-corujas são incomuns. Mais incomum ainda são Patronos com a forma de criaturas mágicas, como dragões, testrálios e fênix. Não se esqueça, no entanto, que um dos mais famosos Patronos do mundo era um camundongo, que pertencia a um lendário jovem bruxo chamado Illyius, que o usou para impedir o ataque de um exército de Dementadores sozinho. Embora um Patrono raro ou mágico, sem dúvida, reflita uma personalidade incomum, isso não significa mais poder, ou proporcionará um maior sucesso ao defender quem o conjura.

¹ Nota do WickRed: Segundo o dicionário Michaelis, um talismã é: 1. um objeto marcado com sinais cabalísticos e a que se atribui um poder sobrenatural contra quaisquer contrariedades ou perigos; 2. Aquilo que produz um efeito súbito ou sobrenatural.
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Traduzido originalmente de Patronus Charm (o texto encontra-se atualmente indisponível no site). © Pottermore.
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