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Tradução de 'A Espada de Gryffindor', texto escrito por J.K Rowling ao Pottermore

sexta-feira, janeiro 15, 2016 A+ a-


A espada de Gryffindor foi feita há mil anos pelos duendes, o povo mágico mais versado em trabalhos de metal, e é portanto encantada. Feita de pura prata, é cravejada de rubis, a pedra que representa a Grifinória nas ampulhetas que contam os pontos das casas em Hogwarts. O nome de Godric Gryffindor está gravado logo abaixo do cabo.

A espada foi feita segundo as especificações de Godric Gryffindor por Ragnuk, o Primeiro, o melhor dos duendes ourives, e portanto Rei (na cultura dos duendes, o rei não trabalha menos do que os outros, e sim com mais habilidade). Quando estava pronta, Ragnuk cobiçou-a tanto que ele fingiu que Gryffindor havia roubado a espada, e mandou seus soldados recuperá-la. Gryffindor se defendeu com sua varinha, mas não matou seus perseguidores. Assim, mandou-os de volta para seu Rei, enfeitiçados, para enviar a mensagem de que se ele tentasse roubar a espada de Gryffindor novamente, este a usaria contra todos os duendes.
Diagrama de uma espada típica e sua bainha. © Wikipedia

O rei duende levou a ameaça a sério e deixou Gryffindor com a posse de sua propriedade por direito, mas permaneceu ressentido até sua morte. Esse foi o início da falsa lenda do roubo de Gryffindor que persiste, em alguns âmbitos da comunidade de duendes, até hoje.

A questão do porquê de um bruxo precisar de uma espada, comumente levantada, é fácil de responder. Em dias anteriores ao Estatuto Internacional do Sigilo, quando bruxos viviam livremente entre os trouxas, eles precisavam usar espadas para se defenderem tanto quanto varinhas. De fato, era considerado imoral usar uma varinha contra uma espada trouxa (o que não significa que nunca era usada). No senso comum, muitos bruxos talentosos eram igualmente ótimos combatentes, Gryffindor entre eles.

Houve muitas espadas encantadas no folclore. A Espada de Nuadu, parte dos quatro tesouros de Tuatha Dé Danann, era invencível quando desembainhada. A espada de Gryffindor possui algo da lenda da Excalibur, a espada do Rei Arthur, que em algumas narrativas, deve ser retirada da pedra pelo legítimo rei. A ideia da aptidão para transportar a espada ecoa na espada de Gryffindor, assim como o retorno desta aos dignos e genuínos membros da casa do fundador.


PENSAMENTOS DE J.K. ROWLING

Há uma clara alusão da Excalibur saindo do lago quando Harry precisa mergulhar no poço de uma floresta congelada para recuperar a espada em As Relíquias da Morte (embora a localização se deva ao impulso de Snape em colocá-la ali), pois em outras versões da lenda, a Excalibur é dada a Arthur pela Dama do Lago e devolvida para lá quando ele morre.

No mundo mágico, a posse física não necessariamente garante a posse em si. Esse conceito se aplica às três relíquias da morte, e também à espada de Gryffindor.

Eu me interesso pelo que acontece quando crenças culturais se chocam. Nos livros de Harry Potter, a maioria dos militantes da raça dos duendes consideram que tudo feito por eles, pertence à raça, mesmo que o objeto tenha sido encomendado por bruxos, sob pagamento em ouro. Bruxos e bruxas, assim como trouxas, acreditam que após o pagamento de ouro, o objeto pertence a eles e seus descendentes ou legados à posterioridade. Esse é um encontro de valores sem solução, pois cada lado tem um conceito diferente do certo. Isto presenteia Harry com um difícil dilema moral quando Grampo pede a espada como pagamento por seus serviços em As Relíquias da Morte.

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Traduzido originalmente de The Sword of Gryffindor. © Pottermore.
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