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Tradução de 'A Câmara Secreta', texto escrito por J.K Rowling ao Pottermore

sábado, janeiro 16, 2016 A+ a-


A subterrânea Câmara Secreta foi criada por Salazar Slytheryn sem o conhecimento de seus três companheiros, igualmente fundadores de Hogwarts. A Câmara foi, por muitos séculos, considerada um mito; no entanto, o fato dos rumores sobre a existência dela persistirem por tanto tempo demonstra que Slytherin falava de sua criação e que os demais acreditaram nele, ou talvez tenham recebido permissão dele para entrarem na Câmara.

Não há duvida de que cada um dos quatro fundadores procurou deixar sua marca na escola de magia e bruxaria, que pretendiam que fosse a melhor do. Foi acordado que cada um construiria sua própria casa, por exemplo, escolhendo a localização da sala comunal e dos dormitórios. No entanto, apenas Slytherin foi além, e construiu o que era de fato um quartel general pessoal, secreto, na escola, acessível apenas por ele mesmo ou por aqueles por ele autorizados a entrar.

Talvez, quando construiu a Câmara, Slytherin não desejava nada além de um local para instruir seus estudantes em feitiços que os outros três fundadores pudessem desaprovar (as discordâncias surgiram cedo em torno do ensino de Artes das Trevas). No entanto, é evidente pela própria decoração da Câmara que no momento em que Slytherin finalizou sua construção, ele desenvolveu ideias grandiosas sobre sua própria importância para a escola. Nenhum outro fundador deixou para trás uma estátua gigante de si mesmo, ou criaram emblemas que refletissem seus poderes pessoais (as serpentes esculpidas em volta da Câmara Secreta é uma referência à ofidioglossia de Slytherin).

O certo é que, quando Slytherin foi forçado pelos demais a deixar a escola, ele decidiu que dali em diante, a Câmara que havia construído seria o lar de um monstro que somente ele – e seus descendentes – poderiam controlar: um basilisco. Além disso, somente um ofidioglota poderia entrar na Câmara. Isso, ele sabia, manteria afastado os demais fundadores e todos os outros funcionários.

A existência da Câmara era conhecida pelos descendentes de Slytherin e aqueles com os quais estes decidiram dividir a informação. Assim, o rumor permaneceu vivo através dos séculos.

Há uma clara evidência de que a Câmara foi aberta mais de uma vez entre a morte de Slytherin e o ingresso de Tom Riddle em Hogwarts, no século XX. Quando foi criada, o acesso para a Câmara se dava através de um alçapão escondido, seguido de uma serie de túneis mágicos. No entanto, quando o encanamento de Hogwarts se tornou mais elaborado no século XVIII (essa é uma rara atitude bruxa, de copiar os trouxas, porque até então eles apenas se aliviavam onde estavam e desapareciam com as evidências), a entrada para a Câmara foi ameaçada, sendo localizada em um espaço projetado para ser um banheiro. A presença na escola de um aluno chamado Corvinus Gaunt – descendente direto de Slytherin, e antepassado de Tom Riddle – explica como o simples alçapão foi secretamente protegido, a fim de que aqueles que soubessem como, pudessem acessar a entrada para a Câmara mesmo depois no novo encanamento ter sido instalado sobre ele.

Sussurros sobre um monstro que vivia nas profundezas do castelo foram igualmente persistentes por séculos. Novamente, isso se dá por conta daqueles que podiam ouvir e falar com ele, que não eram sempre discretos como deveriam: a família Gaunt não podia resistir em se gabar sobre seu conhecimento. Como ninguém mais podia ouvir a criatura deslizando sob o chão ou, mais tarde, através do encanamento, os Gaunt não tinham muito crédito. E ninguém, até Tom Riddle, ousou libertar o monstro no castelo.

Sucessivos diretores e diretoras, para não mencionar um grande número de historiadores, procuraram pelo castelo muitas vezes através dos séculos, concluindo finalmente que a câmara era um mito. A razão de suas falhas era simples: nenhum deles era ofidioglota.


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Traduzido originalmente de Chamber of Secrets. © Pottermore.
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