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Tradução de 'Tecnologia', texto escrito por J.K Rowling ao Pottermore

terça-feira, outubro 13, 2015 A+ a-


Quando você pode convocar qualquer livro, instrumento ou animal com um agitar da varinha e a palavra ‘accio!’; quando você pode se comunicar com seus amigos e conhecidos por meios como corujas, fogo, Patrono, Berrador, objetos encantados tais como moedas, ou aparatar para visitá-los pessoalmente; quando seu jornal tem figuras animadas e objetos do dia a dia as vezes falam com você, então a internet não parece ser um  lugar muito interessante. Isso não quer dizer que você nunca vai encontrar um bruxo ou bruxa navegando na net; provavelmente eles estarão fazendo isso por conta de uma curiosidade levemente condescendente ou pesquisando algo no campo dos Estudos de Trouxas.

Enquanto eles não têm a necessidade mundana de objetos domésticos como lava-louças ou aspiradores, alguns membros da comunidade mágica ficam maravilhados com a televisão trouxa, e um punhado de bruxos visionários foram mais longe, nos começo dos anos 80, e deram início a Corporação Britânica Bruxa de Comunicação, na esperança de que eles poderiam ter seu próprio canal de televisão. O projeto afundou logo no início, quando o Ministério da Magia se recusou a aprovar a emissão de material bruxo em um aparato trouxa, o que poderia quase criar sérias brechas no Estatuto Internacional do Sigilo.

Alguns sentiram, e com razão, que essa decisão era inconsistente e injusta, pois muitos rádios haviam sido legalmente modificados pela comunidade bruxa para seu uso próprio, com programas bruxos regulares. O Ministério concorda que os trouxas frequentemente recebem fragmentos de conselhos sobre, por exemplo, como podar um Tentáculo Venenoso, ou o melhor modo de gnomos dos pés de repolho, porém argumenta que a população trouxa que ouve rádios parece ser mais tolerante, cética, ou menos convencida de seu próprio bom senso, do que os trouxas com acesso a TV. As razões para essa anomalia são analisadas há muito pelo professor Mordicus Eggs em A Filosofia do Mundano: Por que os Trouxas Preferem Não Saber. O professor Egg argumenta gentilmente que os trouxas são mais inclinados a acreditar que ouviram algo errado do que pensar que estão alucinando.

Há outra razão pela qual a maioria dos bruxos evita objetos trouxas, e isso é cultural. A comunidade mágica se orgulha do fato de não precisar dos muitos (admitidamente ingênuos) aparatos que os trouxas criaram para fazer aquilo que pode ser facilmente feito com mágica. Encher uma casa com secadoras e telefones pode ser visto como uma admissão de inadequação mágica.

Existe uma grande exceção à aversão geral dos bruxos para com a tecnologia trouxa, e essa é o carro (e, em menor medida, motocicletas e trens). Antes da introdução do Estatuto Internacional do Sigilo, bruxos e trouxas usavam o mesmo tipo de transporte no dia-a-dia: carruagens movidas a cavalo e navios entre eles. A comunidade mágica foi forçada a abandonar as carruagens quando elas se tornaram claramente fora de moda. Não há sentido em negar que os bruxos olharam com grande inveja para os rápidos e confortáveis automóveis que começaram a encher as estradas no século 20, e eventualmente, até mesmo o Ministro da Magia comprou uma frota de carros, modificando-os com vários feitiços uteis e se aproveitando bastante deles. Muitos bruxos amam carros com uma paixão infantil, e houveram casos de puros-sangues que diziam nunca ter tocado um artefato trouxa, e ainda assim foram descobertos Rolls Royce voadores em suas garagens. No entanto, a parcela extremamente anti-trouxas evitava todos os transportes motorizados; o amor de Sirius Black por motos irritaram seus pais linha-dura.

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Traduzido originalmente de Technology. © Pottermore.
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