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Tradução de ‘A Família Malfoy’, texto de J.K Rowling ao Pottermore

sábado, setembro 05, 2015 A+ a-


O nome Malfoy vem do francês antigo e se traduz como “má-fé”. Como muitas outras famílias inglesas antigas, o bruxo Armando Malfoy chegou à Grã-Bretanha com Guilherme, o Conquistador, como parte do exército invasor normando. Tendo prestado serviços desconhecidos e sombrios (e quase certamente mágicos) ao Rei William I, Malfoy recebeu o principal pedaço de terra de Wiltshire, confiscado dos proprietários locais, no qual seus descendentes viveram por dez séculos consecutivos.

Seu esperto ancestral, Armando, já possuía muitas das qualidade que diferenciam a Família Malfoy até hoje. Os Malfoy sempre tiveram a reputação, pelo seu sobrenome não totalmente amável, de serem um grupo traiçoeiro, de estarem sempre cortejando o poder e a riqueza em qualquer lugar que fossem encontrados. Apesar de seus valores puro-sangue e sua crença genuína na “superioridade bruxa sobre os trouxas”, os Malfoys nunca estiveram acima de si mesmos quando se tratava de se misturar com a comunidade não-mágica quando isso lhes era vantajoso. O resultado é que eles são uma das familias bruxas mais ricas da Bretanha, e têm se falado a muitos anos (embora nunca provado) que através dos séculos a família tem sucessivamente pinçado a moeda e as ações trouxas. Por centenas de anos, ele têm administrado o aumento de suas terras em Wiltshire, anexandos aquelas pertencentes aos seus vizinhos trouxas, além dos favores reais que prestaram, adicionando tesouros trouxas e obras de arte a uma coleção sempre crescente.

Historicamente, os Malfoys desenharam uma distinção afiada entre os trouxas pobres e aqueles com riquezas e autoridade. Até a imposição do Estatuto de Sigilo em 1692, a família Malfoy era ativa entre os círculos da alta sociedade trouxa, e diz-se que sua fervente oposição à imposição do Estatuto se devia, em parte, ao fato de que eles teriam que deixar essa tão proveitosa esfera de vida social. Embora tenham negado durante as gerações subsequentes, existe uma ampla evidência que sugere que o primeiro Lúcio Malfoy foi um aspirante sem sucesso à mão de Elizabeth I, e alguns historiadores bruxos alegam que a oposição da Rainha ao casamento se devia a uma azaração lançada sobre ela pelo Malfoy desprezado.

Com aquele saudável grau de auto-preservação que é caracteristico na maioria das ações deles através dos séculos, uma vez que o Estututo de Sigilo se tornou lei, os Malfoys pararam de confraternizar com os trouxas, embora fossem bem nascidos, e aceitaram que seus protestos e sua oposição só iriam distanciá-los do novo coração do poder bruxo: o recém-criado Ministerio da Magia. Eles tiveram uma virada abrupta, e se tornaram abertamente a favor do Estatuto como se nenhum deles tivesse alguma vez duvidado dele no começo, rapidamente negando que haviam alguma vez conversado (ou se casado) com trouxas.

A riqueza substancial em suas reservas lhes assegurou uma considerável (e muito ressentida) influência no Ministério pelas gerações seguintes, embora nenhum Malfoy alguma vez tenha aspirado um cargo no Ministério da Magia. Comumente se diz sobre a família Malfoy que você jamais encontrará algum deles na cena de um crime, embora suas impressões digitais estejam sobre a varinha culpada. Independentemente ricos, sem a necessidade de trabalhar para viver, eles geralmente preferem um papel de poder atrás do trono, ficando felizes quando os outros fazem o trabalho sujo e levam a responsabilidade pelo fracasso. Eles ajudaram a financiar a campanha de seus candidatos preferidos em campanhas eleitorais, as quais incluíam (alega-se) pagar para alguém azarar a oposição.

O sincero desprezo dos Malfoys pelos trouxas que não podiam lhes oferecer joias ou influência, e pela maioria dos seus companheiros bruxos, os levou naturalmente à uma doutrina puro-sangue, que pareceu ser, por muitos anos do século XX, sua mais provável fonte de poder sem problemas. Depois da imposição do Estatuto de Sigilo, nenhum Malfoy se casou com um trouxa ou nascidos trouxas. A família tem, no entanto, evitado a prática um pouco perigosa de inter-casar dentro de uma pequena piscina de puros-sangues, pois assim podem se tornar fracos ou instáveis, ao contrário de uma pequena minoria de famílias fanáticas como o Gaunts e Lestranges, e muitos mestiços aparecem na árvore genealógica Malfoy.

Notáveis Malfoys das gerações passadas incluem Nicolas Malfoy, no século XIV, que acredita-se ter despachado de maneira turbulenta muitos inquilinos trouxas, sob a desculpa da Peste Negra, embora tenha escapado da censura do Conselho de Bruxos; Septimus Malfoy, que influenciou grandemente o Ministério no final do século XVIII, muitos alegando que o Ministro Unctuous Osbert era um pouco mais do que seu fantoche; e Abraxas Malfoy, que amplamente acredita-se ter participado do complô que viu o primeiro ministro nascido-trouxa (Nobby Leach) deixar seu posto prematuramente em 1968 (nada foi provado contra Malfoy).

O filho de Abraxas, Lúcio, alcançou notoriedade como um dos Comensais da Morte de Lorde Voldemort, apesar de ele ter escapado da prisão com sucesso depois dos dois golpes de Lorde Voldemort. Na primeira ocasião, ele alegou ter agido sob a Maldição Imperius (embora muitos afirmem que ele pediu favores de funcionários do alto escalão do Ministério); na segunda ocasião, ele forneceu provas contra um companheiro Comensal da Morte e ajudou a assegurar a captura de muitos seguidores que haviam escapado.

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Traduzido originalmente de The Malfoy Family. © Pottermore.
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