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Tradução de 'O Expresso de Hogwarts', texto escrito por J.K Rowling ao Pottermore

terça-feira, setembro 01, 2015 A+ a-


Como sabemos por relatos históricos e pelas evidências das primeiras xilogravuras e gravuras, estudantes de Hogwarts costumavam chegar à escola de algum modo que atendesse seus caprichos. Alguns montavam em vassouras (uma tarefa difícil quando se carrega malas e animais de estimação); outros requisitavam carrinhos mágicos e, mais tarde, carruagens; alguns tentavam aparatar (também com consequências desastrosas, pois o castelo e seus terrenos sempre foram protegidos com feitiços anti-aparatação); outros montavam uma enorme variedade de criaturas mágicas.

Apesar dos acidentes decorrentes desses vários meios de transporte mágico, sem falar as observações trouxas anuais de um vasto número de bruxos flutuantes viajando para o norte, ficava a cargo dos pais levar as crianças para a escola, até a imposição do Estatuto Internacional do Sigilo, em 1692. A partir daí, tornou-se uma questão urgente encontrar um método mais discreto para transportar milhares de crianças bruxas de toda Grã-Bretanha até sua escola secreta nas Terras Altas da Escócia.

Chaves de portal foram então providenciadas e colocadas em vários pontos do país. A logística causou problemas desde o começo. Um terço dos alunos não conseguiam chegar todos os anos, perdendo a hora da partida, ou não conseguindo encontrar o objeto não-chamativo que os levaria até a escola. Também havia o fato de que muitas crianças eram (e são) “alérgicos à chave de portal” e a ala hospitalar frequentemente ficava cheia nos primeiros dias do ano, enquanto alunos suscetíveis lidavam com suas histerias e enjoos.

Até admitir que a Chave de Portal não era a solução ideal para o problema do transporte escolar, o Ministro da Magia falhou em encontrar uma alternativa aceitável. Um retorno às viagens irregulares era impossível, e mesmo a rota mais segura para a escola (por exemplo, permitir uma lareira que poderia ser a entrada oficial através do Pó de Flu) foi fortemente rebatida por sucessivos diretores, que não queriam que a segurança do castelo fosse quebrada.

Uma ousada e polêmica solução para esse problema espinhoso foi finalmente sugerida pelo Ministro da Magia Ottaline Gambol, que se interessava muito pelas invenções trouxas e via um potencial nos trens. De onde exatamente veio o Expresso de Hogwarts nunca foi muito claro, embora seja um fato que hajam gravações secretas no Ministério detalhando uma operação em massa envolvendo 167 feitiços da memória e o maior feitiço de desilusão feito na Grã-Bretanha. Na manhã seguinte a esses alegados crimes, uma maria fumaça escarlate e carruagens assustaram os moradores de Hogsmeade (que não tinham percebido que havia uma linha de trem ali) enquanto vários trabalhadores ferroviários trouxa, confusos, passaram o resto do ano lutando com a desconfortável sensação de que haviam perdido algo importante.

O Expresso de Hogwarts passou por modificações mágicas severas depois que o Ministério aprovou seu uso escolar. Muitas famílias puro-sangue ficaram ultrajadas com a ideia de suas crianças usarem um meio de transporte trouxa, que eles diziam não ser seguro, insano e demente. No entanto, como o Ministério decretou que os alunos ou iam de trem ou não iriam de jeito nenhum, as objeções foram silenciadas.

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Traduzido originalmente de The Hogwarts Express. © Pottermore.
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